A incerteza e as mudanças nas dinâmicas relacionais e de aprendizagem mantêm-se no novo ano letivo, de 2021/2022, que agora se inicia. Toda a comunidade educativa enfrenta desafios excecionais e, deste modo, o regresso à escola poderá ser particularmente desafiante, exigindo medidas específicas de suporte que promovam uma continua reintegração escolar que, por sua vez, assegure a saúde física, mas também psicológica e garanta o bem-estar da criança, bem como da sua comunidade envolvente.
O regresso à escola sempre foi sinónimo de uma mistura de emoções divergentes, quer por parte dos alunos, quer por parte dos seus familiares. Na atualidade, com a situação pandémica que vivenciamos, acompanhando alguns sentimentos positivos de entusiasmo e algum alívio, é natural que predominem, ainda, sentimentos de incerteza e medo relativos à exposição ao vírus. Quer as crianças e jovens, quer os pais/cuidadores e educadores/professores preocupam-se, sobretudo, com o aumento da exposição ao risco que decorre da potencial necessidade de andar em transportes públicos, com o facto de estar em espaços fechados com proximidade a outras crianças e jovens e com a dificuldade em controlar e garantir que todos adotam os comportamentos de proteção necessários para os manter em segurança.
Embora os pais se possam sentir mais stressados e ansiosos com o regresso à escola, continuam a desempenhar um papel fundamental junto das crianças e jovens, influenciando a sua capacidade de gerir as alterações necessárias em tempo de pandemia, bem como as emoções e preocupações provocadas pela situação. Deste modo, é importante que os adultos estejam atentos e possam cumprir algumas recomendações pertinentes:
Caso as dificuldades emocionais/comportamentais persistam por muito tempo, devem recorrer ao apoio especializado do Psicólogo para a gestão do stresse e da ansiedade e/ou de outras complicações reativas, que se possam vir a manifestar.